Famílias pedem R$ 40 milhões à Vale por parentes mortos em Brumadinho
Duas famílias foram à Justiça pedir indenização à Vale pelas mortes de seus familiares no rompimento da barragem de Brumadinho. Eles pedem que a empresa pague R$ 10 milhões por cada um dos quatro mortos, soterrados nos escombros de uma pousada na região.
A família é da administradora de empresas Fernanda Damian de Almeida, que estava grávida de cinco meses, e estava hospedada com o marido, o arquiteto Luis Taliberti Ribeiro da Silva, na Pousada Nova Estância, tomada pela enxurrada de dejetos. A irmã dele, Camila Taliberti, também estava na pousada.
De acordo com a ação, se a Vale não "sofrer na esfera cível", com pagamento de multas e indenizações proporcionais a seus lucros, "novos rompimentos de barragem ocorrerão". A petição é assinada pelos advogados Roberto Delmanto Jr e Paulo Thomas Korte.
Segundo eles, as famílias, atrás de esperanças de rever seus filhos vivos, batiam de porta em porta e nos hospitais de todas as cidades da região. "O sofrimento deles ficou estampado em inúmeras entrevistas, perante todo o Brasil que acompanhava o sofrimento diante da morte de praticamente toda uma família", diz a ação.
Os advogados argumentam que, além de perder os filhos, irmã e neto, a família ainda teve de lidar com o estado dos corpos, encontrados só depois de 22 dias.
Gabriela Coelho é correspondente da revista Consultor Jurídico em Brasília.
Revista Consultor Jurídico, 21 de abril de 2019, 17h38
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