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sexta-feira, 22 de março de 2013

Consumidor sente inflação na hora do mercado



por Daniel Carmona


Aumento dos preços nas prateleiras assusta quem vai às compras; Previsões pessimistas indicam que a única saída é pesquisar por ofertas 


Rio -  Em quase duas décadas de Plano Real, a percepção do carioca de que o fantasma da inflação voltou a ameaçar o bolso nunca esteve tão evidente. Enquanto os mais precavidos tentam comprar menos ou substituem produtos mais caros na hora do supermercado, outros sentem o impacto ao passar pelo caixa na espera de que a redução de preços dos itens da cesta básica, anunciada há duas semanas pela presidente Dilma Rousseff, chegue para aliviar a conta do consumidor.

“A farinha era R$ 2,80, agora não sai por menos de R$ 5. O arroz também está lá em cima. Qualquer compra pequena sai por um preço exorbitante”, desabafa a dona de casa Jaqueline Queiroz, de 29 anos, que ainda cita o preço de R$ 4 para o pepino em um supermercado na Lapa. “Antes era R$ 1, no máximo R$ 2”.

Para driblar a alta de preços, o aposentado Ivando Pereira, de 80 anos, ressalta a importância da pesquisa de preços antes de bater o martelo. “É a única arma que nós temos. Tem que pesquisar mais. O preço varia muito de um lugar para o outro. Hoje gastei 40% a mais que na semana retrasada para fazer exatamente a mesma compra”.

E o alívio anunciado pelo governo, que prevê redução de 12% no preço dos itens mais básicos, deve chegar ao consumidor só em abril. Se chegar.

Ano deve seguir no vermelho

Além da redução de preço dos itens da cesta básica, o governo prevê uma medida bem mais severa para tentar conter a inflação. Até maio, a expectativa é que o Banco Central anuncie elevação da taxa de juros.

Segundo o economista Gilberto Braga, especialista em finanças pelo Ibmec, a luta contra a inflação deve seguir durante todo o ano de 2013. “Efetivamente, é um dos momentos mais agudos dos últimos tempos”, disse.

Três motivos justificam a demora pela baixa dos preços da cesta básica: ciclo de substituição dos produtos, sazonalidade e aumento do lucro.
Fonte: O Dia Online - 20/03/201
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