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segunda-feira, 10 de abril de 2017

Como escolher um carro? Consumidor deve sempre avaliar o próprio perfil

Como escolher um carro? Consumidor deve sempre avaliar o próprio perfil

Publicado em 10/04/2017 , por KARINA CRAVEIRO
O Brasil tem diversas opções de carros novos à disposição de compradores. Há 36 marcas vendendo seus produtos no país, de acordo com associações que representam fabricantes e importadores. Só em 2016 foram lançados cerca de cem diferentes veículos entre versões e modelos completamente inéditos.

"Eu não faço ideia de qual escolher, entendo muito pouco sobre automóveis e me perco entre tantas marcas, modelos e versões", diz a designer de moda Giulia Guirro, 25, que está prestes a trocar de carro pela primeira vez.

Dona de uma perua Fiat Palio Weekend 2002, que comprou usada, ela quer um modelo com bom espaço na cabine e no porta-malas.

A descrição contempla um sedã Honda City DX (R$ 60,9 mil), uma minivan Chevrolet Spin LS (R$ 58,9 mil) ou até uma picape Renault Duster Oroch (R$ 70 mil). Todas completamente diferentes entre si.

Para organizar as ideias, o primeiro passo é definir o quanto se pretende pagar.

"Depois vem a análise do momento de vida, se a pessoa tem filhos ou se pretende ter e isso vai influir na necessidade por espaço", diz o empresário Rafael Spitaletti, da Car Hunter's, empresa que presta consultoria a consumidores que estão à procura de um novo carro.

"É preciso ainda avaliar como será o uso cotidiano, se mais urbano ou rodoviário", completa Spilatelli.

Definir qual é a necessidade a partir de seu próprio perfil, porém, é só o começo.

"A compra de um zero-quilômetro envolve coisas que não estão a cargo das lojas, como condições e taxas de financiamento. Esse negócio jamais pode ser definido em um dia", diz o diretor de operações da consultoria J.D. Power, Fabio Braga.

Os passos seguintes são escolher as marcas que oferecem modelos de acordo com as necessidades e ir às lojas. É preciso ver o veículo de perto e entender seu funcionamento, além de pedir para fazer test drives. Nessa hora, tudo pode mudar.

"Não há uma receita predefinida, cada cliente é único em suas expectativas, necessidades e desejos. A família também faz parte dessa decisão", diz o gerente-geral de comércio da Honda, Marcos Martins de Oliveira.

Todo esse trabalho de pesquisa serve para evitar arrependimentos como o da empresária Isabel Pereira, 56. Ela resolveu trocar sua minivan Chevrolet Meriva por um sedã da mesma marca, o Cobalt.

A empresária foi à loja, olhou o carro e o levou para casa sem fazer o test drive. A ideia era que o veículo servisse para toda a família, mas meses depois, com os filhos fora de casa, já não precisava de um automóvel tão grande.

"Tinha problemas todas as vezes em que ia estacionar, achava a traseira alta demais. Era um veículo grande que só serviria para o meu uso e o do meu marido, não fazia mais sentido", relembra ela, que recentemente comprou um Honda Fit, que tem 50 cm a menos de comprimento que o seu antigo Cobalt.

Planilha e test drive ajudam a definir compra

A fartura de opções em um mesmo segmento automotivo pode confundir os compradores: só o de carros populares, por exemplo, oferece mais de 80 configurações.

O consultor automotivo Fabio Arruda, especializado em analisar perfis de clientes e indicar opções de compra, sugere que seja feita uma planilha para comparar os dois ou três automóveis que melhor atendem às necessidades.

"O consumidor deve escrever ali os itens de série de cada veículo, a motorização, o valor do IPVA e o valor do seguro, itens importantes de desempate. Assim, ele terá um gráfico em que pode visualizar a escolha mais racional", afirma o consultor.

Ao chegar à loja para definir o negócio, o interessado pode se deparar com uma oferta tentadora de outro modelo.

É comum que isso ocorra: marcas fazem promoções constantes para reduzir estoques. Porém, a mudança no plano de compra não deve se basear apenas no preço. É hora de fazer um novo test drive.

Caso o automóvel oferecido com desconto não esteja disponível para a avaliação dinâmica, o melhor é evitar a compra.

"Muitas lojas diminuíram as unidades disponíveis para teste, por corte de custos. Mas o consumidor deve ir atrás, não pode aceitar testar um carro diferente do que quer comprar", afirma o diretor de operações da consultoria J.D. Power, Fabio Braga.

O publicitário Rodrigo Oliveira, 40, está na fase de testes. Ele tem R$ 95 mil para gastar e está na dúvida entre adquirir um sedã médio ou um SUV.

"Topo fazer test drive em todas as opções. Às vezes, a gente se apaixona pelo carro, mas uma coisa é a ficha técnica, outra é a experiência ao dirigir. Um carro diferente do imaginado pode surpreender", diz o publicitário.

Fique Esperto

Garantia

Os períodos de cobertura de fábrica estão maiores: a maior parte das montadoras oferece três anos de garantia sem limite de quilometragem, mas o prazo pode chegar a cinco anos. No entanto, o consumidor precisa calcular os custos das revisões programadas. Todas precisam ser feitas na autorizada para que o plano de assistência seja mantido.

Cadeirinha

Quem tem filhos pequenos precisa, além de espaço, de um bom sistema de fixação para cadeirinhas. Já há no mercado assentos com engate tipo Isofix, o mais seguro disponível, mas nem todos os carros são equipados com os ganchos compatíveis. Essa informação está disponível nas concessionárias e nos sites das montadoras.

25%
Dos proprietários de carros citaram confiabilidade, experiência anterior com a marca e tecnologia como principais razões para compra de um veículo.

4 anos e 11 meses
É o tempo que um brasileiro passará dentro de um carro ao longo de toda sua vida. Serão 3 anos dirigindo e 1 ano e 11 meses como passageiro, de acordo com estudo divulgado neste ano pela
Citroën.

6,9 anos
É a idade média da frota nacional de carros

2,8 anos
É a média de tempo que o brasileiro troca de carro

Escolhas racionais

Só na cidade
Veículos compactos de baixa cilindrada serão quase sempre recomendados para quem usa o carro diariamente na cidade e prioriza a economia de combustível.

Uso misto
Se o deslocamento inclui trechos rodoviários frequentes com três ocupantes (ou mais) e bagagens, vale investir em sedãs com motores mais potentes.

Automáticos
O trânsito está levando o motorista à exaustão? Um modelo automático pode ajudar. As opções mais acessíveis do mercado são Fiat Mobi 1.0 GSR (R$ 44,8 mil) e Toyota Etios 1.3 (R$ R$ 51 mil).
Fonte: Folha Online - 09/04/2017

Novo golpe no WhatsApp usa promoção falsa da Kopenhagen como armadilha

Novo golpe no WhatsApp usa promoção falsa da Kopenhagen como armadilha

Publicado em 10/04/2017
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Falsa promoção promete ovo de chocolate da marca tradicional e fez com que pessoas entrassem em sites maliciosos e baixassem aplicativos suspeitos

Um novo golpe cibernético aplicado por meio da plataforma de mensagens WhatsApp já vitimou 300 mil brasileiros, segundo informaçãoes apuradas pela companhia de segurança digital PSafe. A falsa promoção prometia aos usuários um ovo de páscoa da marca Kopenhagen de graça.
A mensagem viralizou no aplicativo, principalmente através dos grupos. As vítimas foram orientadas a responder um questionário. As perguntas eram relacionadas com a marca Kopenhagen e com o mercado de chocolates e ovos de páscoa, tornando o golpe mais crível.  Depois disso, as pessoas deveriam compartilhar a "promoção" com 10 contatos no WhatsApp .

Após esse processo, que ainda é inofensivo ao usuário, quando o botão de "resgate" é clicado, as vítimas são levadas para sites maliciosos e podem acabar instalando aplicativos que roubam dados pessoais do celular ou até mesmo vírus no aparelho.

Segundo a startup brasileira PSafe, que trabalha com segurança digital, 300 mil pessoas foram afetadas pelo golpe do ovo de páscoa em apenas um dia. “Essa falsa campanha apresentou uma rápida curva de crescimento nas últimas 24 horas, o que nos leva a crer que os cibercriminosos estão fazendo sua divulgação por meio de propagandas incentivadas em outras plataformas além do aplicativo de mensagens instantâneas”, comentou Emilio Simoni, gerente da PSafe, por meio de nota.

A Kopenhagen também se manifestou, através de postagens em redes sociais, esclarecendo que não está fazendo nenhuma promoção e orientando os usuários a não clicar no link.


Brasil é alvo fácil

O Brasil é um dos países onde mais se aplicam esse e outros tipos de golpes online. Segundo uma pesquisa divulgada pelo site Mashable, referência em mídias sociais,  em 2012, 76% dos usuários de internet no Brasil foram vítimas de algum crime cibernético. O País tem a segunda pior média mundial ao lado da Índia. Apenas a China, com 83% de usuários afetados, tem números piores.

Em casos de qualquer link suspeito, a orientação dos profissionais é nunca clicar e sempre se manter alerta, mesmo que ele tenha sido enviado por um conhecido. No caso de promoções, o usuário deve acessar o site oficial ou entrar em contato com a empresa para verificar a veracidade das informações

Outros casos

Nos últimos meses, dois casos semelhantes ao golpe do ovo de páscoa chamaram atenção: o primeiro, convidava os usuários para testar uma "nova função" do WhatsApp, que permitiria visualizar as pessoas que adicionaram seu número recentemente. O link levava para a instalação de aplicativos maliciosos. Segundo a PSafe, esse golpe fez 260 mil vítimas.

Outro caso prometia um vale-presente no valor de R$ 500 nas lojas da marca O Boticário e seguia os mesmos moldes do caso Kopenhagen, com direito à pesquisa e necessidade de compartilhamento. O resultado também era o mesmo, com o botão "resgate" levando os usuários para sites e aplicativos que roubam dados. Segundo a PSafe, mais de 70 mil pessoas caíram na farsa através do WhatsApp.
Fonte: Brasil Econômico - 07/04/2017

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Construtora deve devolver mais de R$ 100 mil para casal por não cumprir prazo na entrega de imóvel

Construtora deve devolver mais de R$ 100 mil para casal por não cumprir prazo na entrega de imóvel

Publicado em 07/04/2017
Um casal obteve na Justiça o direito de ser ressarcido pelo valor pago por apartamento que não foi entregue no prazo definido pela construtura Porto Freire Engenharia e Incorporação. A decisão foi proferida nesta quarta-feira (05/04) e teve a relatoria da desembargadora Maria de Fátima de Melo Loureiro, integrante da 2ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE).

“Ressalto que não prospera a alegação da recorrente [empresa], uma vez que tais circunstâncias constituem casos de fortuito interno, ou seja, são inerentes à atividade empresarial desempenhada, integrando o risco natural do desempenho empresarial de construtora e incorporadora. Portanto, não são capazes de afastar a responsabilidade”, explicou a relatora.

Segundo o processo, em 7 de julho de 2011, o casal firmou contrato de compra e venda de apartamento junto à Construtora, e pagou R$ 109.905,19. A obra deveria ter sido entregue em julho de 2013, embora o contrato previsse, como tolerância, um atraso de 180 dias.

O atraso, porém, superou as previsões contratuais. Além disso, o acúmulo de juros sobre juros e a impossibilidade de se obter um financiamento, impediram os promoventes de honrar as prestações do imóvel, razão pela qual pleitearam a rescisão contratual. No entanto, foram informados que nesse caso, teriam direito a receber somente R$ 6 mil.

Por isso, ajuizaram ação na Justiça requerendo a devolução do valor pago, a suspensão de qualquer processo extrajudicial de leilão até o julgamento final, a suspensão do contrato, bem como das taxas de condomínio e outros encargos.

Ao apreciar o caso, o Juízo da 6ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza condenou a Porto Freire a devolver R$ 109.905,19 aos clientes, bem como se abster de inserir os dados deles nos serviços de proteção ao crédito.

Para reformar a sentença, a empresa apelou (nº 0145270-88.2015.8.06.0001) ao TJCE. Alegou ter justificado o atraso e comunicado aos compradores os motivos. Argumentou que o atraso ocorreu por causa das constantes greves ocorridas na indústria da construção civil e dos transportes, bem como falta de financiamento imobiliário para construção e elevada inadimplência, situações pelas quais a empresa não poderia prever.

Ao julgar o recurso, a 2ª Câmara de Direito Privado negou provimento ao pleito e manteve a decisão de 1º Grau. “Verifico ser incontestável que o prazo estipulado para a entrega da obra não foi obedecido, nem mesmo se considerando o prazo de tolerância de 180 (cento e oitenta) dias, fato este admitido pela apelante,caracterizando descumprimento contratual da construtora”, disse a relatora.

VOTO DE PESAR

A morte do desembargador Francisco Barbosa Filho, ocorrida no último dia 30 de março, causou consternação na magistratura cearense. Na sessão desta quarta (05), os desembargadores da 2ª Câmara de Direito Privado, que já havia sido presidida por ele, aprovou voto de pesar à família enlutada, que foi acompanhado por representante do Ministério Público do Ceará.

Para o presidente da Câmara, desembargador Carlos Alberto Mendes Forte, “o desembargador Barbosa era honesto, íntegro, cordato, acolhedor e acima de tudo cavalheiro. Tinha o Código Civil na cabeça e sua partida nós faz muita falta”.

O desembargador Teodoro Silva Santos lembrou que o desembargador “Barbosinha era uma reserva moral do Poder Judiciário nacional. Um pacificador e estará sempre conosco espiritualmente”.
A desembargadora Maria de Fátima de Melo Loureiro também se manifestou. “Meu coração está de luto. Ele era um magistrado que costumava repassar suas experiências de vida e jurídica, mas acima de tudo, era um amigo. Vamos sempre contar com suas luzes.”
Fonte: TJCE - Tribunal de Justiça do Ceará - 06/04/2017